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A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA NA SALA-DE-AULA

Dr. Claudio Saiani

Com relação ao tema da mesa redonda, cabe uma pergunta: como a pesquisa pode entrar na sala-de-aula? Buscando respostas a essa pergunta, partimos de duas figuras: o professor e o pesquisador. Investigamos competências para ambas as atividades, e procuramos descobrir o que esses dois personagens possuem em comum. Para o professor, analisamos brevemente uma lista de atividades que os alunos dizem que um bom professor deve ter (CUNHA, 1996). Para o pesquisador, listamos atividades apontadas para um pesquisador típico (NÓBREGA, 2010). Constamos que há muito pouco em comum entre um professor apreciado pelos alunos, e um pesquisador stricto sensu. O que pode aproximá-los, e talvez levar a pesquisa à sala-de- aula, é o que pode ser chamado de olhar do investigador, capaz de não necessariamente de encontrar respostas, mas de fazer perguntas. Pelo menos dois campos se abrem, então, à investigação do professor: sua própria disciplina, e seus alunos, e essas investigações podem leva-lo a se tornar um pesquisador típico. Mais do que isso, sem esse olhar o professor não conseguirá desenvolver uma atitude de pesquisa em seus alunos, uma vez que ela só pode ser transmitida tacitamente (SAIANI, 2004).

REFERÊNCIA
CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática. 6.ed. Campinas: Papirus, 1996.
NÓBREGA, Antonio Cláudio L. Desenvolvendo um projeto de pesquisa competitivo. Palestra proferida no I Seminário Desenvolvendo o pesquisador na UFF. Niterói, 2010.
SAIANI, Cláudio. O valor do conhecimento tácito: a epistemologia de Michael Polanyi na escola. São Paulo: Escrituras, 2004.

Mini-currículo do Dr. Claudio Saiani