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RESUMO DA APRESENTAÇÃO

Dra. Maria Cristina Gramani

A qualidade do ensino não é fácil de ser medida, não basta apenas calcular o número de estudantes que se formam, é preciso avaliar a aprendizagem durante todo o período escolar ou analisar a qualidade do conteúdo que os estudantes conseguiram absorver. Nesse sentido, o Brasil vem aperfeiçoando os métodos de avaliação do ensino, tanto no nível básico quanto no nível superior, mas ainda assim somos um país de baixo nível educacional, tanto em quantidade como em qualidade da educação.
O ensino básico é composto por três ciclos: educação infantil, educação fundamental (dividida em dois sub-níveis: anos iniciais e anos finais) e ensino médio. Após completar 18 anos de estudos em média, o estudante está apto a cursar o ensino superior. Porém, se em algum desses níveis da educação básica ocorrer alguma falha e o aluno ingressar no ensino superior com deficiências, certamente ele terá limitações em concluir os estudos, ou seja, terá de enfrentar grandes obstáculos para obter o diploma superior tão almejado, e infelizmente, nem sempre conseguirá. Daí surge um primeiro ponto muito importante na questão educacional: essas limitações na instrução do aluno surgiram em qual nível do ensino básico?
Assim, continuando a relacionar o desempenho da educação básica com a qualidade da educação superior, questões mais generalistas podem surgir: qual nível do ensino básico tem afetado mais a qualidade da educação superior? Em qual nível mais esforços (investimentos) devem ser alocados para que a qualidade das instituições de ensino básico possa ser melhorada? Deve-se investir o mesmo em todos os níveis da educação básica? Ou, investir mais em um nível do que em outro?
Mas não para por aí, a questão da qualidade educacional é ainda mais profunda. Depois de verificar qual nível do ensino básico deve receber mais recursos, tem-se um novo dilema, que é o de descobrir onde intensificar os esforços para que se tenha o maior retorno possível. Será que é preciso investir mais:
• Na formação dos professores?
• Na interação entre a prática da sala de aula e a pesquisa?
• Professores que atuam em mais de uma/duas/três escolas influenciam de que forma no cotidiano da escola?
• Em infraestrutura adequada?
• No salário dos docentes?
Enfim, é preciso descobrir qual (ou quais) desses fatores é o mais defasado com relação ao esperado e verificar se ele está influenciando de forma relevante na qualidade do ensino.

Mini-currículo da Dra. Maria Cristina Gramani