ATIVIDADES DO 7º CONPE

[Oficina]

"INOVAÇÃO E INTENSIFICAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE"

(Dalila Andrade Oliveira)

Na atualidade, são muitos e variados os desafios que os docentes encontram para responder de forma satisfatória às expectativas depositadas no seu trabalho. A centralidade atribuída aos docentes nos processos de reformas educacionais traz novas exigências que resultam em intensificação do trabalho, esses processos têm efeitos sobre a vida profissional deles, podendo ainda afetar sua saúde. São muitos os estudos que percebem relações entre o processo de intensificação do trabalho nas escolas e o adoecimento dos professores. Essas expectativas, são em geral reforçadas nos discursos oficiais dos governos quando tratam de educação, na demanda que a sociedade apresenta para com a educação, e se refletem na legislação educacional recente em grande parte dos países no mundo. No caso brasileiro , cada vez que se cria um novo dispositivo legal em matéria educativa, amplia-se o escopo da atividade docente e os objetivos da educação escolar, resultando em intensificação do trabalho docente já que na maioria das vezes essas mudanças não vem acompanhadas de aumento do efetivo, melhores condições de trabalho, etc. Essa intensificação, que já vinha sendo observada em pesquisas no campo desde os anos 1990, passa a ser ainda mais notada com as políticas que têm vinculado o resultado das avaliações externas à qualidade da educação e ao mérito dos professores. A ampliação da responsabilidade dos professores pelo desempenho dos alunos tem resultado em maiores exigências sobre esses profissionais. Com dados de pesquisa realizada em alguns estados do Brasil, pretende-se discutir a partir da percepção dos professores como eles têm interpretado essas novas demandas e expectativas e como se sentem em relação à sua capacidade de responder ou não a elas.

(Célia Senna)

Inovação pode soar aos ouvidos dos educadores como mais uma demanda. Na verdade, não é. Será que a inovação irá provocar mais sobrecarga? É preciso questionar. Os educadores são, na maioria das vezes, aqueles que mais inovam no dia-a-dia da educação. A resistência pode partir do medo de não dar certo, de não conseguir ou de um aumento de demandas. Também se conecta com o imaginário de que o educador precisa ser um detentor de todo o conhecimento. Quando ele sai desse papel e assume que não precisa saber tudo, mas está disposto a aprender, é muito mais fácil instaurar novas práticas e inovar, ou ainda, tomar ciência do quanto é inovador. E o que seria ainda melhor, perceber o quanto a inovação pode facilitar o trabalho docente.

» Veja o resto da programação do evento