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Entrevista com dona Joyce, neta de Monteiro Lobato

Dona Joyce, a senhora poderia se apresentar? Porque, além de neta de Lobato, a senhora certamente tem outras histórias que gostaria de contar.
Bom, eu nasci nos Estados Unidos, em Nova Iorque, em 1930. Sou quase do início do século passado. Me formei em arquitetura no Mackenzie, exerci a profissão até a minha coluna protestar. Além de ser neta de Lobato, meu pai era um artista, ele era pintor. Esses quadros que você vê aí [mostra as paredes da sala, todas possuem telas com marinas, retratos ou flores] são deles. O grande eu ganhei de presente de casamento. Minha casa é decorada com sobras dele, com o que sobrou, que eu amo de paixão. Casei com Jorge Kornbluh e virei Joyce Campos Kornbluh. Não tenho Monteiro Lobato no nome, porque quando meu pai casou com minha mãe ele simplificou a vida dela. Tirou o Monteiro Lobato e botou só Campos, ficou Martha Campos. Quando eu nasci, fiquei Joyce Campos. Primeiro porque ninguém imaginava ainda, naquela época, o nome que meu avô ia deixar. Não havia preocupação em preservar o nome assim. E meu avô teve quatro filhos, deveria ter um monte de netos, né? Mas não teve. Dos quatro, só minha mãe teve filho, que sou eu, e o Edgar [Monteiro Lobato], que teve Rodrigo Monteiro Lobato, que é o único que carrega o nome de meu avô.

A gente também pode apresentar a senhora não só como neta, mas como uma das administradoras do legado de Monteiro Lobato. E incluímos aí obras, a literatura e até as idéias. A senhora ajuda a manter viva algumas idéias desse homem.
Quem é administrador realmente é o Jorge [Kornbluh, marido de dona Joyce]. Nós temos uma firma, a Monteiro Lobato Licenciamentos. Eu tomo conta da parte artística, e ele cuida do resto. Ele é atualmente, da família, o maior conhecedor de Lobato. Ele é ótimo, cuida dos contratos, tudo. Quando tem que aprovar qualquer coisa na parte artística, eu entro. Além disso, eu sou a tomadora de conta das coisas de Lobato, que estão aqui. A mobília foi do avô do meu avô, foi do meu avô, agora é minha. Tudo que tinha de material que minha avó conseguiu salvar da sanha do meu avô. Cada vez que ia à falência, ele vendia tudo, botava em leilão. Porque antigamente parece que era moda leilão: muda de cidade, leilão. Era o jeito mais fácil de ficar sem nada e poder ir para frente, andar sem coisas amarradas. Meu avô não gostava de ser preso a nada. Não carregava nada no bolso, a não ser bala. Eu gostava muito das balinhas. Aquele bolso era fantástico!

E a senhora também é detentora de um tesouro, que são as memórias pessoais sobre Monteiro Lobato...
Sim, sim, porque eu tinha 18 anos quando ele morreu. Então deu para aproveitar bastante o avô. O Rodrigo não. Ele tinha dez anos quando meu avô morreu e também morava longe, então o convívio dele com meu avô foi bem pouquinho. E a família acabou, morreu todo mundo.

Quais são essas lembranças? Como foi sua infância, quem era esse avô...
Todo mundo me faz essa pergunta. Ele era um avô como outro qualquer, só que não era paparicador. Ele estava muito ocupado com outras coisas.

Com o Brasil...
Com o Brasil (risos), com os livros, com salvar a família das besteiras que ele fazia. Porque ele perdeu dinheiro sempre. Só ganhou dinheiro com os livros e mais nada. O resto, as empresas, os empreendimentos, as manias que ele tinha, salvar o Brasil, salvar não-sei-quê, criar isso, criar aquilo, ele era um sonhador. Sonhava grande e caía também. Eu era neta única e nós morávamos sempre próximos. Mas como ele teve dois filhos com tuberculose e os dois morreram de tuberculose, então teve fases da minha vida assim atribuladas. Por exemplo, meu avô e minha avó mudaram-se para Campos do Jordão. Minha avó morava numa casa belíssima na Aclimação, minha mãe e meu pai, por causa de Revolução de 32, estavam atrapalhados para ganhar dinheiro. Meu pai era publicitário, e o dinheiro durante a Revolução não aparecia. Então minha mãe mudou-se para a casa de minha avó na Aclimação e eu fui com minha avó para Campos do Jordão. Eu tinha dois anos já. Meu pai foi ganhar a vida como ele podia. Quer dizer, foi uma crise na família. Meu avô, então, ia e vinha. Ele vinha para São Paulo, voltava para Campos do Jordão. Ficava lá uma semana, voltava para cá, ficava 15 dias para cuidar dos negócios. Nessa época ele escrevia e fazia traduções e ele ensinou minha tia, Gunara Monteiro Lobato Pereira, a traduzir também e a dar continuidade a seus trabalhos. Então eu fiquei muito tempo com minha avó lá em Campos do Jordão. E essa foi a melhor parte da minha vida. Eu fiquei livre e solta em Campos do Jordão. Eu aprontei bastante. Eu não sei o que fazem as crianças hoje, mas eu estava o tempo todo fazendo coisas esquisitas.

A senhora estava sempre explorando?
Você imagine que, para fugir de mim – agora você imagine como eu era terrível - , meu avô ia para o sótão. A casa que a gente ficou lá tinha um sótão, que não era bem um sótão, é mais uma água furtada. Não tinha escada. Cada vez que meu avô subia lá, ele punha aquela escada de pintor. Ele subia lá, botava aquela tampinha e lá era o escritório dele, para ficar longe de mim (risos), sossegado, para conseguir escrever. Ele se trancava. Ainda bem que não era quente Campos do Jordão, porque em cima da cabeça dele estava o telhado. Tinha uma janelinha que eu ficava assim namorando aquela janelinha e ele puxava a escada para cima!

Para não deixar a senhora subir mesmo...
Não deixava mesmo. E ele tinha toda uma história complicada, que tinha uma garrafa. Para eu não ter vontade de subir, ele dizia que tinha um saci guardado lá em cima, dentro de uma garrafa. Aí eu não podia entrar, por isso é que eu não podia ir lá, porque imagine se o saci fugisse o que ele ia fazer, ele era capaz de ele me virar em pedra.

A senhora disse que ele não era um avô paparicador...
Não, desses de pôr no colo não.

E o que ele oferecia então? Tinha leitura?
Não tinha. Ele contava história que ele inventava na hora. A gente passeava muito, ele gostava de andar a pé, gostava de subir o Morro do Elefante. Ele aproveitava as horas que a gente estava se entendendo e mostrava “com essa planta a gente pode fazer isso”, “aquele ali é da família de tal raça”. Borboleta, ele fazia caçada de borboleta. Ele saía com um saquinho de filó, eu saía com o meu, porque o filho dele, Guilherme, que estava lá de cama, fazia coleção de borboleta. Uma distração para quem está na cama. Era uma relação falante. Ele me deu uma coleção, uma coleção que eu tinha paixão. Eram os “Tesouros da Juventude”. Hoje em dia ninguém mais sabe o que é. Era uma coleção que tinha não só histórias, como tinha a História do Mundo, detalhes, quem foi o primeiro que fez isso, quem fez aquilo, quem ganhou. Algo, digamos, parecido com aquela coleção “Conhecer”, mas eram 12 volumes e cada volume, um calhamaço. Era muito interessante. Claro que eu não li tudo aquilo, mas eu folheava e lia o que me interessava. Era bacana. Essa foi uma relação que eu tive muito estreita com meu avô. Até que um dia eu consegui subir. Ele desceu, esqueceu a escada lá e saiu, acho que foi para São Paulo. Eu subi, vi a garrafa, porque eu estava interessada na garrafa, lógico. Abri a garrafa, nada aconteceu. Pior é que eu cheirei e era pinga! Foi a maior decepção.

A senhora não provou não, né?
Claro que provei!! Eu fazia coisas esquisitas. Eu era muito curiosa, reinadora, reinadeira, sei lá. As crianças hoje em dia só fazem coisas horríveis. Eu não fazia coisas horríveis. Bem, depende...

Era mais para Emília que para Narizinho.
Quem, eu? Acho que eu ficava entre as duas. Eu tinha um problema de infância, meu pai era muito bravo. Para ganhar um tostão, eu tinha que trabalhar. E eu não me incomodava de trabalhar, mas achava um absurdo eu ter que engraxar os sapatos dele, bastava eu engraxar os meus, não acha? Por isso eu era muito boa aluna. Não era comportada, mas tinha aplicação. Antigamente tinha aplicação e comportamento, a gente ganhava nota. Eu tinha 10 em aplicação e 2, 3 em comportamento, isso na escola. Mas eu era ultra ativa, ninguém falava disso nessa época, não conseguia parar. Mas eu tinha um senso de responsabilidade muito grande. Negócio de lição, nunca ninguém nunca teve de me dar aula, me mandar estudar. Era sempre assim, maravilhosa. Antigamente a gente ganhava estrelinha, medalhinha. Ganhei todas. E quando meu pai aparecia em casa dizia: “não fez mais que sua obrigação” e pronto, acabou. Por isso é que quando eu estava solta, eu me esbaldava! E como eu sempre tive a proteção do meu avô e da minha avó... e minha avó [Dona Purezinha] era assim uma santa que colocava uma capa e me protegia do Satanás que era meu pai (risos). E sempre morei no mesmo bairro dos meus avós.

Aí a senhora foi crescendo e esse convívio foi aumentando com o avô?
Não. O convívio foi diminuindo, porque meu avô foi para a Argentina e nós ficamos aqui. Meu avô foi preso, ele andava meio ausente das coisas da família, depois doente. Nessas biografias ninguém fala, mas quando ele saiu da prisão, foi porque estava doente. Ele queria cumprir a pena, como todos os outros presos. Ele não queria sair. Mas ele saiu por influência da família, dos amigos e porque ele estava doente. Eu nunca li isso em livro nenhum, mas eu me lembro muito bem, porque foi muito emocionante. Ele saiu e foi operado, ele tinha uma embolia pulmonar e tiraram uma costela, um pedacinho de costela para drenar, qualquer coisa assim. E ele tinha um vidrinho com esse pedacinho de costela, então eu não podia esquecer, porque eu sempre via esse vidrinho. Inclusive esse vidrinho com a costela está na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato [na Vila Buarque]. Minha avó doou a mobília que era do escritório do meu avô na época, lá eles têm o escritório fechado, têm um museuzinho, pertences assim como roupas que ele usou, máscara mortuária e tem lá o vidrinho com a costelinha dele, mas nenhum livro fala sobre ela. Eles pulam essa operação. Eles acham que meu avô ficou doente, que ele teve um derrame. Todo mundo fala do derrame. Mas você vê, entre o derrame e a cadeia ele teve essa operação. Me lembro tão bem do meu avô se restabelecendo, de pijama pela casa. Esse foi um período meio agitado da vida dele. E meu também. Era um período de terminar ginásio, fazer colégio, me preparar para o vestibular. Eu estava mais ou menos noutra. Então foi uma fase assim de a gente se ver. Depois ele se mudou para a cidade, para a Barão de Itapetininga e morreu na Barão de Itapetininga. A gente se via de vez em quando nos fins de semana. Porque eu ia dormir na casa da minha avó para poder sair, passear, então eu dormia lá.

Desse tempo também a senhora já consegue lembrar não do avô de dentro de casa, o Juca, como vocês chamavam, mas do Monteiro Lobato, a importância dele... A senhora já tinha percepção disso?
Não, não tinha. Não tinha porque não tinha exata consciência do homem que ele era. Eu tive consciência quando ele morreu. Aquele enterro dele... eu gostava muito dele, mas amor é amor. Quando tiraram meu avô de casa e levaram para ele ficar em exposição na Biblioteca Municipal, eu achei muito ruim aquilo. Eu não entendi. Hoje em dia é moda, né? Mas foi o primeiro que eu vi pegarem o meu defunto e levarem para outro lugar. Devia ficar na minha casa, na casa dele. Era o meu defunto, não era de vocês. Aí é que eu vi que não era meu. Eu me lembro da Biblioteca cheia de gente e aí começou a dar uns estalinhos na minha cabeça. Daí eu percebi a importância dele, o valor dele. Uma porção de coisas vieram ali e não antes.

E a partir desse momento é que a senhora foi tendo vontade e começando a cuidar das coisas do seu avô.
Não foi bem aí, porque ficou minha avó. Minha avó e Ruth, minha tia solteira. Elas é que tomavam conta de tudo. Enquanto isso eu estava estudando, me casei, tive filhos, etc. aí minha avó morreu e ficou Ruth tomando conta. Meu pai nunca se interessou, mas aí Ruth teve um derrame. Meu pai chamou o Jorge, meu marido, para dar uma mão, porque ele já estava aposentado. Aí quando acabou a família, porque a família foi acabando, o Jorge quando tinha um tempinho, ia ajudando. Ele orientava, ele é ótimo em contratos, e eu fui ajudando. Fui cuidando da parte artística, da parte administrativa não. Porque eu gosto de arte, gosto de ler.

Olhando hoje, somando as memórias do avô e do homem, quem é Monteiro Lobato, por exemplo, para o universo infantil? Se a gente olhar para as obras todas que ele fez...
Eu acho que meu avô não foi compreendido realmente. Eu acho que ele foi uma pessoa extraordinária no sentido de Patriota, de gostar do país, de querer ir para frente, que a gente não vê mais. Uma criatura que não ficou rico e que nasceu milionário e que não morreu rico. Estranho isso, né? Ele conseguia perder o dinheiro dele e dos outros. Ele era crédulo, ele nunca poderia imaginar que uma pessoa tivesse segundas intenções. Mais tarde eu fui entender que esse era um defeito dele, que a gente não acredita em tudo. Ele não era capaz de passar os outros para trás. Agora eu acho que ele começou a escrever para crianças sem querer. Sem ser premeditado, foi um dom natural que apareceu. Não sei se foi exatamente na época que começou a ter filhos e se viu interessado nesse universo de crianças. Ele era muito curioso com os filhos. Essa coisa de ganhar a vida por exemplo. Quando os filhos dele eram pequenos ele chamou e disse que a partir daquele dia eles teriam que vender jornais para se sustentar. No dia seguinte de manhã, ele deu uns jornais para os meninos. As crianças passaram o dia escondidas, jogaram os jornais fora e voltaram à noite. Quando ele perguntou se tinham vendido, disseram que sim e quando pediu o dinheiro os meninos perguntaram: que dinheiro(risos)? Então não serviu de nada a lição (risos). Mas estava aí o princípio da Educação, das coisas que passavam na cabeça dele.

E ele começou a escrever então a partir dessas situações com os filhos?
Não, são memórias e lembranças que vêm de antes, da infância dele. Ele tinha duas irmãs que eram terríveis. E muita coisa de memória mesmo, dos amigos, de Taubaté, da fazenda, começou lá. E depois ele achou que devia educar as crianças, dar um jeito de educar, ajudar a educar. Tanto que ele escreveu vários livros paradidáticos, né? Eu aprendi a ler nas histórias de Tia Nastácia.

E a gente vê, a partir daí, gerações e gerações influenciadas pelas obras de Lobato, dos livros paradidáticos, até chegar, mais recentemente, a nova versão do programa da TV Globo, Sítio do Pica-Pau Amarelo...
Isso aí obteve tanta discussão... porque, realmente, eu acho que a leitura do meu avô é uma leitura difícil para as crianças de hoje. Pode ser que as histórias estejam infantis demais, mas a linguagem dele é muito difícil. É uma linguagem muito bonita. Qualquer coisa que ele escreve fica assim romântica, tal. Eu não entendo criança de hoje em dia. Talvez agora elas estejam voltando a ler por um milagre de Harry Potter ou alguma coisa assim. Mas a televisão, foram dois anos de discussão, para discutir isso que ta aí. Os personagens, as mudanças dos personagens, as roupas. Tudo foi uma luta. Eu ainda continuo achando que o primeiro Sítio da Tatiana [Belinki, pioneira de TV brasileira e roteirista da primeira versão do Sítio para a TV] foi o melhor. O de hoje parece novela.

Foi melhor adaptado o dela?
Era mais espontâneo, cada conto era uma historinha, era uma apresentação, porque era uma vez por semana. Isso era em 1954 mais ou menos, com David José [ator mirim que interpretava Pedrinho] e etc... mas eu gostei mais daquele primeirão.

E hoje o que há de Lobato no universo infantil? Será que ainda é presente o mundo dele no imaginário das crianças?
Eu não sei. Não tenho muito contato com crianças para ter idéia. Posso ter uma idéia do que os outros falam, mas experiência própria não tenho. Mas é engraçado, porque eu tenho meu avô, que pensou em todas as gerações e está amparando toda a família.

Além do universo infantil, a gente tem o Monteiro Lobato cuidador do Brasil, que investia no Brasil, que acreditava. E ao descobrirem petróleo no Brasil, coisa que ele sempre defendeu, ele foi homenageado...
É, acreditava mesmo. É um negócio assim mesmo. Ele acreditava tremendamente, ele gostava tremendamente do Brasil. Nasceu com ele. Tudo que ele fez foi pensando no benefício aos outros. Eu acho que tem gente que fala muito melhor do que eu sobre isso. Uma delas é a Marisa Lajolo, que é uma especialista em Lobato. Ele era tão honesto!!! Era honesto consigo mesmo, com os outros, que é difícil você ter uma pessoa honesta, puramente honesta. Ele nunca reclamou de onde apertavam os calos. Nunca reclamou de quando ficou sem dinheiro. Quando saiu da prisão e foi operado, ele morou uns dois meses na casa da irmã dele, porque ele não tinha dinheiro para pagar aluguel de casa. Minha tia Teca, irmã dele, costurava para viver. Era uma vida dura para chuchu e o filho do meu avô já estava na cama, doente para morrer.

E ele é respeitado por tudo o que ele foi e representa? Vocês, que têm a empresa, como vêem isso?
Ele não é respeitado como é gostado, é amado, apreciado. O que tem de Lobatólogo por aqui... eles chegam e eu fico até constrangida, porque eles sabem tudo. E têm muito carinho por meu avô. É impressionante. E é muito gostoso saber que gostam do seu avô.

Ele continua sendo citado, sendo referência em todos os sentidos, né?
Continua, continua. Mesmo nas questões políticas e econômicas. Isso é curioso porque não teve outro exemplo. Ninguém substituiu. E nas escolas também. Não teve ninguém igual. Ninguém substituiu.

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