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“Estamos assistindo a uma tragédia social”

Francisco Bicudo e Elisa Marconi

A segunda onda de ataques promovidos pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) se foi – e, com ela, parece ter ficado para trás também a disposição da sociedade para discutir não apenas a crise, mas principalmente suas causas e, mais ainda, as possíveis alternativas para enfrentar, com eficiência e inteligência, o crime organizado. Depois da revolta, compreensível, mas que em geral trabalha a idéia da punição e exige respostas imediatistas, a cidade alterna seus humores entre o pânico e o conformismo. Os especialistas alertam: abandonar o debate sobre o caos na segurança pública em São Paulo significa aceitar viver à espera de novas ações violentas.

“Estamos assistindo a uma tragédia social. Não podemos perder de vista as causas dessa violência toda. Só se fala em aumento de punições, em repressão mais dura e em pena de morte. Prevalece uma visão bélica do que seria a segurança pública, e não a pedagógica. No caminho em que estamos, só se trabalha sobre os efeitos. É como ir a um médico que lhe receita uma aspirina, quando você tem câncer”, avalia o ex-presidente da Comissão de Mortos e Desaparecidos e ex-Secretário de Segurança e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, João Luís Duboc Pinaud, em entrevista publicada pela Agência Carta Maior. “Se não mudarmos o enfoque do combate à violência, não sairemos da barbárie”, completa o especialista.

Na segunda entrevista da série que pretende analisar a crise e não deixar a discussão arrefecer, o SINPRO-SP conversa com o sociólogo Fernando Salla, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV/USP). Para ele, é preciso promover uma verdadeira devassa não apenas nas organizações criminosas, mas em todas as outras estruturas e atores externos, que atuam na legalidade, e com quem essas facções estabelecem relações. “No dia em que começar a efetivamente combater a esfera legal que dá proteção ao crime organizado, o Brasil talvez comece a escapar da impunidade e a vencer de verdade a criminalidade”. Clique no link abaixo para ler a entrevista.

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