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Pesquisador da Unicamp analisa as mudanças no mundo do trabalho

Por Elisa Marconi e Francisco Bicudo

Longe se vão os tempos daquele emprego estável, com carteira assinada, jornada fixa, descanso nos finais de semana, certeza das férias de trinta dias e do 13º salário no final do ano. O “novo” mundo do trabalho, onde reina a empresa “moderna”, é marcado pela flexibilização de direitos, por contratos precários e temporários, pela terceirização das vagas e pelo surgimento de cooperativas que apenas atendem aos interesses dos empresários. “O trabalhador se transforma em mais uma mercadoria descartável. Basta que seja mantido o número de empregados de que as empresas precisam”, lamenta Ricardo Antunes, pesquisador e professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do projeto de pesquisa “Para onde vai o mundo do trabalho? As formas diferenciadas da reestruturação produtiva no Brasil”, que teve início em 2000 e é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O primeiro resultado desses estudos já pode ser encontrado nas livrarias: trata-se do livro Riqueza e miséria do trabalho no Brasil, lançado pela editora Boitempo. “A verdade é que, embora a classe trabalhadora seja responsável por criar e gerar a riqueza brasileira, suas condições de vida ficam muito aquém do mínimo necessário para garantir sua dignidade”, explica o especialista, em entrevista exclusiva ao site do SINPRO-SP. Segundo ele, a pesquisa, que ainda terá outros desdobramentos, já permite afirmar que as conseqüências e impactos provocados pela brutal reestruturação produtiva não representam mais uma situação apenas momentânea ou conjuntural, mas um cenário estrutural – ou seja, vieram para ficar e significam um novo estágio de desenvolvimento do capitalismo. “Não é mais possível imaginar uma volta ao padrão de capitalismo minimamente civilizado dos anos 1930”, adverte Antunes. Apesar das dificuldades, ele não perde a esperança. “Há vários exemplos de lutas sociais e de resistência a esse projeto que são bem-sucedidas”. Os principais trechos da conversa você confere aqui.

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