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Dossiê revela inúmeros tesouros vivos ligados à obra de Guimarães Rosa

Por Elisa Marconi e Francisco Bicudo

O ano de 2006 certamente deixaria o escritor mineiro João Guimarães Rosa entre feliz e encabulado. Não à toa. João foi celebrado exaustivamente ao longo de todos os meses do ano passado. As homenagens são realmente justas, afinal, Grande Sertão: Veredas completou 50 anos, e Sagarana cravou seis décadas de lançamento. As duas obras, sem medo de errar, figuram entre as mais conhecidas, importantes e respeitadas da literatura brasileira e foram temas de seminários, apresentações de teatro, música, dança, oficinas de leitura e de contação de histórias. Escolas, bibliotecas e centros culturais do país todo se lembraram do escritor e dos dois livros. Também o cinema manifestou a importância de Rosa e de suas histórias.

As comemorações ajudaram ainda a evidenciar que, mesmo depois de tanto tempo, existe uma ebulição vinda dos causos contados por Guimarães Rosa. Trata-se de uma vibração que atravessa a literatura, agita diversas outras manifestações populares, e vai desembocar numa estrutura organizada e enraizada no sertão de Minas Gerais. Em cidades como Cordisburgo, Santa Fé e Três Marias, banhadas pelo rio São Francisco, no norte de Minas, a obra de Rosa permanece viva e inspirando a vida e as atividades cotidianas dos moradores./p>

O jornalista Marco Antônio Coelho, editor executivo da revista do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP), percorreu todas os municípios desse sertão Roseano e descobriu na região inúmeros tesouros vivos ligados à obra de Guimarães Rosa. Quando voltou dessa viagem “eco-literária”, como ele mesmo gosta de chamar, entendeu que tinha em mãos um dossiê valioso sobre Grande Sertão: Veredas. Decidiu que esse seria o tema da revista do IEA. A edição é tão especial que tem até o CD Sons do Grande Sertão encartado. No disco, aparece nada menos que a voz do crítico literário e professor da USP, Antônio Cândido, entoando uma antiga canção mineira. Também entre as faixas do CD está uma palhinha que o bibliófilo José Mindlin dá em homenagem ao escritor Guimarães Rosa.

O SINPRO-SP conversou com Marco Antonio Coelho pouco depois do lançamento desse número especial da revista do IEA, que aconteceu em 18 de dezembro de 2006. Os melhores trechos da entrevista, você pode acompanhar aqui.

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