O aumento das temperaturas médias provocará o derretimento das geleiras do Pólo Sul. O nível dos oceanos vai subir, e cidades costeiras serão inundadas e desaparecerão. Em contrapartida, regiões mais quentes vão ficar ainda mais secas, e as grandes florestas, como a Amazônia, vão se transformar em um grande e escaldante deserto. Você certamente já ouviu pelo menos uma dessas previsões. Afinal, análises fatalistas sobre o clima e o futuro do planeta vêm ganhando cada vez mais espaço na imprensa e no nosso cotidiano. Contudo, o tom alarmista parece não ser o preferido, ou defendido, pela maior parte dos cientistas que estudam o tema. O Sindicato conversou com o pesquisador do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), José Antônio Marengo Orsini, que nos últimos anos produziu e publicou inúmeros trabalhos a respeito do aquecimento global, tornando-se uma referência no assunto.
Marengo explica que o tom catastrofista, em vez de contribuir com mobilizações e mudanças efetivas, acaba anestesiando e paralisando. Pior: nem sempre esse discurso reflete a verdadeira situação da Terra. O pesquisador, durante a conversa, ainda derruba mitos, como o que diz que São Paulo viraria um deserto se a Amazônia ficasse mais seca. Ele também aproveita para dar dicas sobre o que pessoas comuns podem fazer para ajudar a desacelerar o aquecimento do planeta.
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