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Especialista em relações internacionais analisa o atual quadro político norte-americano

Por Francisco Bicudo e Elisa Marconi

A fatura do lado republicano está definida – depois das vitórias nas primárias da terça-feira, 4 de março, nos estados do Texas, Ohio, Vermont e Rhode Island, o senador John McCain tornou-se oficialmente o candidato do Partido às eleições presidenciais norte-americanas de novembro. No campo de batalha democrata, no entanto, a indefinição é ainda a marca de uma disputa cada vez mais acirrada, onde se destacam debates acalorados, vitórias dos dois lados e até mesmo trocas de farpas e de ofensas pessoais entre os senadores Barack Obama e Hillary Clinton, que brigam voto a voto, delegado a delegado, estado a estado pela indicação final do Partido. Obama ainda carrega uma pequena vantagem – cerca de 100 delegados, segundo os institutos de pesquisas; mas Hillary voltou a respirar com as vitórias em Ohio e no Texas, dois grandes colégios eleitorais.

A possibilidade de um acordo ou de uma saída negociada parece cada vez mais distante e remota. Esse cenário pode dividir as bases e pulverizar a candidatura democrata, fortalecendo por conseqüência a campanha e as pretensões republicanas. Recentemente, os democratas, além de lidar com suas contradições intestinas, voltaram também a ter pesadelos com o comentarista e ativista político Ralph Nader, que mais uma vez anunciou sua candidatura independente à Casa Branca. Não custa lembrar que, em 2000, esse mesmo Nader, sempre como independente, já havia disputado as eleições, alcançando cerca de 2,8% dos votos nacionais – índice irrisório, mas que, segundo especialistas, teria sido fundamental para decretar a apertada e questionável vitória de George W. Bush sobre Al Gore.

“Nos últimos dois anos, criou-se uma certa convicção entre os democratas de que ganhariam fácil as eleições de 2008, com a Hillary. O problema é que não só ela vem fazendo uma campanha interna atabalhoada como o Obama conquistou uma visibilidade inesperada. E a campanha torna-se então excessivamente acirrada, muito polarizada, recaindo em erros que o Partido comete há décadas, ou seja, tem linhas gerais de atuação, propostas genéricas, mas não consegue definir uma figura, uma liderança que conduza uma agenda política e programática mais complexa e precisa. Para o Partido Democrata, essa disputa é péssima. Para os republicanos, esse cenário é ótimo”, avalia Cristina Pecequilo, professora de Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e autora dos livros “A política externa dos Estados Unidos” e “Introdução às Relações Internacionais”.

Em entrevista exclusiva ao site do SINPRO-SP, ela fala sobre a participação da direita ultraconservadora norte-americana no atual processo eleitoral, destaca as diferenças entre os projetos de Bush e de McCain e de Hillary e de Obama, analisa a simbologia de uma campanha que coloca em pólos opostos um negro e uma mulher e garante que, para o Brasil, pouca coisa deve mudar, independentemente de quem seja o vencedor em novembro. “O Brasil está preparado para qualquer um dos candidatos que for eleito. A tendência é que se mantenha o alto nível do relacionamento que temos observado com os Estados Unidos”.

Leia a entrevista aqui.

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