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Arqueologia pode desvendar o passado, ajuda a moldar o presente e o futuro

Niéde Guidon nasceu há 75 anos, na tranqüila cidade de Jaú, interior de São Paulo. Estudou História Natural na Universidade de São Paulo, onde se formou em 1959. Mas foi a ditadura militar de 1964 que a obrigou a dar seu primeiro grande passo na carreira de Arqueologia. Eram então os anos de chumbo, e Niéde já demonstrava o mesmo grau de combatividade que mantém até hoje, o que incomodava bastante as autoridades da época. Foi então, como exilada, para a França. Lá se especializou, fez doutorado e pós-doutorado em Pré-História. Também virou professora e somente no início da década de 1980, depois da Anistia, voltou ao país.

Nesses quase 30 anos, fez de uma região quase perdida no meio do estado do Piauí, no delta do rio Parnaíba, distante mais de 500 quilômetros da capital Teresina, o maior centro de pesquisa e referência do país quando o assunto é a pré-história do que hoje chamamos de Brasil. Atraída pelos desenhos rupestres da Serra da Capivara, Niéde foi para o Piauí e fez ali uma série de descobertas que mudariam o rumo das teorias a respeito da ocupação da América. A partir de seus trabalhos e escavações, a equipe da professora contestou outras escolas de pensamento e vem construindo uma realidade nova, que reúne ciência, turismo, desenvolvimento sustentável e preservação de patrimônio ambiental e arqueológico.

O SINPRO-SP conversou por telefone com a arqueóloga que, apesar de já ter idade e um currículo mais que suficiente para se aposentar, prefere continuar na ativa e acumula as funções de presidente da Fundação Museu do Homem Americano – entidade que administra o parque da Serra da Capivara –, de professora aposentada da Universidade Sorbonne, em Paris, França, e também de professora da Universidade Federal de Pernambuco.

Nos melhores trechos da entrevista que você acompanha a seguir, ela fala sobre as teorias da colonização da América, destaca as descobertas no Piauí e conta como mudaram a visão sobre a ocupação do continente e lembra como a Arqueologia pode desvendar o passado, ajudando a moldar o presente e o futuro. A pesquisadora reforça principalmente a perspectiva de que os trabalhos arqueológicos da região podem abrigar estudos das mais variadas áreas e diz como isso pode sensibilizar e estimular estudantes e professores, exatamente como aconteceu com ela, há quase 40 anos.
Leia aqui a entrevista.

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