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Economista analisa a atual crise econômica mundial

Por Elisa Marconi e Francisco Bicudo

Crédito da foto da capa: Jornal da Unicamp/março 2004

Entre os dias 16 de setembro e 21 de outubro, o jornal Folha de S. Paulo – o de maior circulação no Brasil – estampou 28 vezes, em sua primeira página, manchetes principais relacionadas à crise econômica mundial. Mesmo incluindo um período de reta final das eleições municipais, a política teve muito pouco espaço no mesmo período. O pacote do governo norte-americano, a queda violenta das bolsas de valores, a subida alucinada do dólar e o maior socorro financeiro a bancos e seguradoras já visto nos últimos anos entraram na agenda mundial de forma espantosa, mostrando que a situação é de fato preocupante. E, no dia 13 de outubro, uma outra notícia, destaque na mesma Folha de S. Paulo, parecia coroar a situação: o economista Paul Krugman, conhecido crítico da política neoliberal, foi o vencedor em 2008 do Prêmio Nobel de Economia. A informação soou como um aviso da comunidade internacional.

Embora a maior parcela da população mundial não invista na bolsa de valores, não tenha aplicações em moeda estrangeira e não trabalhe diretamente com exportação, a crise traz conseqüências (mais ou menos graves) para os cidadãos comuns. O maior respingo, segundo o economista e professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Plínio de Arruda Sampaio Júnior, é a disponibilização de um montante mais que generoso para sanear a quebradeira das instituições financeiras. “A soma total equivale a seis PIBs brasileiros, dinheiro que daria para resolver todos os problemas estruturais dos países mais pobres”.

Sampaio também aponta que a crise é grave por ser estrutural. Ou seja, coloca o estágio atual do capitalismo – chamado de neoliberal – numa situação limite, insustentável. Outra situação semelhante só teria sido vista na crise de 1929, que teve seu ápice com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, e que desencadeou mudanças históricas importantes e por vezes dramáticas (como o New Deal norte-americano e o nazi-fascismo europeu) nos 50 anos seguintes.

O professor é o entrevistado da semana para explicar melhor, afinal, que crise é essa? Por que os governos do mundo todo estão correndo para ajudar os bancos? Por que esse dinheiro não foi usado para acabar com a fome ou para combater doenças como as moléstias tropicais ou a Aids? Os melhores trechos da conversa
você acompanha aqui.

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