Livro recém-lançado aponta novas possibilidades de abordagem das ciências em sala de aula
Elisa Marconi e Francisco Bicudo
Lançado no início de novembro, o livro Quanta ciência há no ensino de ciências, organizado por Antonio Carlos Pavão e Denise de Freitas, mira principalmente professores dos ensinos fundamental e médio, além de alunos de graduação e de pós-graduação. A obra pretende discutir como as disciplinas de ciências são desenvolvidas e colocadas em prática nas escolas, em sala de aula, e analisa o papel e a função sociais da ciência.
Bem longe de ser um manual, o livro reúne artigos de professores e pesquisadores de diferentes áreas e oferece as perspectivas e parâmetros para a idealização e construção de uma ciência integrada, não impositiva ou autoritária, e sintonizada com a valorização da cidadania. Denise admite: essa não é uma tarefa fácil. “De um modo geral, os livros ainda refletem as demandas dos educadores e, por isso mesmo, apresentam conteúdos e formas muito parecidos com aquilo que os professores querem encontrar. Temos então desde os docentes mais tradicionais, que vêem a ciência como a única verdade, até os professores com um anseio mais contemporâneo e que enxergam na ciência uma parceira de outras visões para decodificar o mundo”, afirma a especialista, que é graduada em biologia e tem mestrado e doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (USP); além disso, é professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
O SINPRO-SP conversou com a pesquisadora pouco antes do lançamento do livro. E os melhores momentos dessa entrevista você pode acompanhar aqui.