Elisa Marconi e Francisco Bicudo
O Brasil vai participar ativamente do Ano Internacional da Astronomia, lançado oficialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) em meados de janeiro. O evento marca os 400 anos das primeiras observações astronômicas feitas por telescópio, graças a cientistas como o italiano Galileu Galilei. Foram experimentos e iniciativas que naquele momento mudaram radicalmente a maneira de estudar os astros e de compreender o universo. Não é exagero afirmar que mudaram a forma de fazer ciência.
Os organizadores estão prometendo muitas observações, palestras, visitas e um grande empenho para levar os astros à população. “Temos uma dívida muito antiga com a humanidade. O telescópio foi inventado há quatro séculos e até hoje pouquíssimas pessoas puderam olhar através das lentes. A meta agora é fazer com que 10 milhões de pessoas olhem para o céu. Aqui no Brasil, desejamos alcançar pelo menos um milhão”, explica o coordenador do Ano no Brasil, Augusto Damineli. O astrônomo está animado com as possibilidades que um evento global como esse oferece. Ele acredita, por exemplo, que é possível aproveitar a ciência para despertar as pessoas para uma nova compreensão sobre a existência humana no planeta e também sobre a Via Láctea.
O SINPRO-SP conversou com Damineli, que também é professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP). Clique aqui para acompanhar os melhores trechos da entrevista.