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O debate sobre os vestibulares

Ele já está sendo chamado de “Super ENEM”, e as primeiras informações divulgadas pela imprensa chegaram a dar a impressão que “o vestibular iria acabar”. Não é bem assim. O que a proposta apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) faz é modificar o Exame Nacional do Ensino Médio, que passaria a ter 200 questões (e não mais 63), envolvendo conteúdos específicos das diferentes disciplinas, além de redação, para transformar essa avaliação em um processo seletivo unificado, a ser adotado pelas 55 universidades federais do país. A vantagem, segundo o MEC, é que os alunos fariam uma única prova (situação que tende também a reduzir os custos financeiros de organização) e, com o resultado em mãos, poderiam disputar vaga em até cinco cursos oferecidos por cinco instituições diferentes, hierarquizando suas opções. “Isso melhora o aproveitamento do aluno e das vagas”, avaliou o ministro Fernando Haddad, em matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo no dia 7 de abril.

A opinião do ministro ainda está longe de representar o consenso, embora as negociações com os reitores das universidades federais já estejam em curso. José Weber, da Universidade Federal do Vale do Rio São Francisco, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo do mesmo dia temer que “nos cursos mais concorridos, como medicina, alunos de regiões mais ricas, por terem as melhores notas, ocupem as vagas, em detrimento dos estudantes do semi-árido e, após formados, voltem à terra natal”. O mesmo alerta foi feito por Aloísio Teixeira, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Estadão de 8 de abril. “Há uma preocupação de que vagas de universidades do interior terminem sendo todas ocupadas por alunos de fora, mais bem preparados”.

O tempo para a implemetação das medidas também assusta. “Minha maior preocupação nesse momento é o cronograma. Teremos dificuldades para trabalhar esse ano”, destacou Jesualdo Farias, da Universidade Federal do Ceará, também no Estadão. Em um outro movimento, as três universidades públicas estaduais de São Paulo (USP, UNICAMP e UNESP) estudam a possibilidade de unificar as primeiras fases de seus vestibulares – a prerrogativa de cada uma organizar uma segunda fase própria permaneceria.

Para contribuir com esse debate, o SINPRO-SP conversou com o professor Roberto Leal Lobo e Silva Filho, ex-reitor da USP e atual presidente do Instituto Lobo e diretor da Lobo & Associados Consultoria. O depoimento, exclusivo, você pode conferir aqui

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Depoimento de Roberto Leal Lobo e Silva Filho*


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