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O debate sobre os vestibulares – parte II

O Sindicato publicou na semana passada uma matéria que trazia as reflexões do professor Roberto Leal Lobo e Silva Filho, ex-reitor da Universidade de São Paulo (USP) e atual presidente do Instituto Lobo e diretor da Lobo & Associados Consultoria, sobre o chamado “Super ENEM”, proposta apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) que transforma o Exame Nacional do Ensino Médio em um processo seletivo unificado, a ser adotado pelas 55 universidades federais do país. Durante esse período, o debate sobre o tema se intensificou e ganhou novos contornos.

Ao assumir a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, Paulo Renato Souza criticou a iniciativa do governo federal. “O ENEM é uma conquista. Acho que ele vai acabar. Vão manter a grife, mas vão mudar o conteúdo”, declarou, em entrevista publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo de 15 de abril. No mesmo dia, a União Nacional dos Estudantes (UNE) liderou uma passeata em São Paulo que defendia o fim do atual modelo de vestibular, mas também condenava o novo formato apresentado pelo MEC e defendia a avaliação seriada, a ser realizada ao final de cada um dos anos do ensino médio.

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), uma das maiores do país (foram mais de 34 mil candidatos para cerca de quatro mil e quinhentas vagas, no vestibular do ano passado) anunciou que não adotará em 2009 o super ENEM como critério de ingresso de seus alunos, principalmente por temer que a prova não será capaz de dar conta de singularidades regionais. Em função do calendário reorganizado (o exame acontecerá em outubro, e não mais em agosto, como já era tradição), a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) avalia a possibilidade de não mais considerar o ENEM como parte da nota que os estudantes acumulam durante o processo seletivo organizado pela instituição. A decisão final deve sair em junho. “Ficaria muito apertado, porque a divulgação do ENEM ocorreria com menos de um mês de diferença para a prova da primeira fase”, disse ao portal G1 o coordenador da Comissão de Vestibular da UNICAMP, Leandro Tessler.

As mudanças, que nesse momento pautam boa parte das discussões que envolvem educação, já tinham sido de certa forma anunciadas, ainda que de maneira tímida e genérica, em setembro do ano passado, quando a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar, disse em entrevista à Folha de S. Paulo que era preciso “mexer radicalmente no currículo e discutir com coragem o acesso à universidade. Queremos chegar em fevereiro de 2009 com uma base curricular nacional. Hoje temos a diretriz curricular, mas cada estado pode trabalhar de uma maneira. Faz sentido no regime federativo, mas algumas coisas precisam ser mais diretivas. É um processo que discutimos com todas as partes”. No calor da discussão, o SINPRO-SP publica mais um depoimento exclusivo sobre o tema – dessa feita, conversamos com Sandra Zákia Sousa, professora da Faculdade de Educação da USP. A intenção é continuar oferecendo aos educadores a possibilidade de, a partir de análises consistentes, conhecer com mais detalhes o cenário, para que possam construir seus próprios argumentos e participar ativamente do debate público. Leia aqui

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Depoimento de Sandra Zákia Sousa*


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