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Estados Unidos em tempos de diplomacia e de negociação

Francisco Bicudo e Elisa Marconi

“Não foi um discurso protocolar, mas um novo começo para a política mundial dos EUA”, escreveu o sociólogo Demetrio Magnoli, em artigo publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo. A análise descreve com precisão a relevância de uma fala repleta de simbologias e também marcada por mensagens políticas contundentes. Na Universidade do Cairo, Egito, diante de uma plateia formada por cerca de três mil pessoas, e várias vezes interrompido por aplausos, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez várias referências ao Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, para estender a mão ao mundo islâmico e sugerir ao Oriente uma espécie de recomeço, pautado não mais pelas ameaças e pelas desconfianças, mas pela tolerância e pelo respeito mútuos. “Foi um dos mais importantes discursos da história recente dos Estados Unidos”, avalia e reforça Reginaldo Nasser, professor do curso de relações internacionais da PUC-SP, em entrevista exclusiva ao site do SINPRO-SP.

Para ele, “Obama fala com muita clareza em pressionar Israel a deter o processo de expansão das colônias e evidencia a necessidade de existência de dois estados, o israelense e o palestino”. Enquanto Obama discursava no Cairo, a Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovava por unanimidade, com aval dos EUA, a volta de Cuba à organização – a ilha caribenha havia sido expulsa da entidade em 1962, por conta de sua aproximação com a ex-União Soviética. “Trata-se de mais um foco de conflito que é trabalhado a partir da mesma perspectiva de distensão e de negociação. Essa é uma política geral do governo Obama, não vale apenas para o Oriente Médio. Está na cabeça do Obama a possibilidade de passar para a história como o presidente que colocou por terra o bloqueio econômico a Cuba. É uma mudança audaciosa, mas que deve ser colocada em prática de forma gradual”, completa Nasser, também professor da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap). Na conversa com a reportagem do Sindicato, o especialista falou ainda sobre as fraturas na aliança entre Estados Unidos e Israel, destacou a disposição norte-americana para o diálogo com o Irã e garantiu que “o Brasil é um país que se torna cada vez mais importante para os Estados Unidos, seja pela dimensão econômica, financeira, política ou comercial”. Confira aqui os trechos mais significativos da entrevista.

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