Ao analisar a nova pirâmide social brasileira, o cientista social Rudá Ricci acredita que compreender a força e os anseios dessa significativa parcela da população que ascende socialmente e atualmente já representa cerca de 50% dos habitantes do Brasil é importantíssima para também se entender que país é esse.

O segmento, segundo o especialista, embora seja conservador em aspectos religiosos, políticos e de comportamento, não se vincula a nenhum curral eleitoral tradicional. “Votam em quem apresenta um projeto de continuidade, de não-ruptura, porque o importante é garantir a família e poder continuar comprando”, explica. Para o sociólogo, essa nova classe média enxergou na candidata Dilma Rousseff a continuação do lulismo – e não de Lula, como se possa imaginar –, ou seja, a chance de continuar prosperando, com ordem.