A pergunta que fica é: caso perceba algum transtorno no aluno, como professor deve agir? Antes de mais nada, é preciso lembrar que a escola não é clínica psiquiátrica, que o educador não é médico ou psicólogo. Então, como fazer um diagnóstico, ter certeza, não se precipitar? Afinal, estamos falando de problemas sérios, como depressão, ou ainda mais graves, como uso de drogas. “A grafoanálise aponta sinais gráficos que indicam estados emocionais, mas é preciso cuidado para dar um resultado definitivo e, mais ainda, para encaminhar soluções", ressalta, com cautela, o grafólogo. Ele sugere: “O professor deve analisar as situações durante um bom tempo, três, quatro meses, ou até um ano. Às vezes, a letra de uma criança de 11 anos indica que ela está deprimida, mas é muito estranho falar em depressão nessa idade”. Por isso, diz o especialista, o educador deve observar, acompanhar o desenvolvimento daquele sinal e, caso ele regrida, ótimo; se a situação se agravar, é hora de buscar solução – e pedir ajuda. A idéia do Sinais de alarme na escrita de crianças e de adolescentes, reforça André, é fornecer ao professor mais um instrumento para a compreensão de seus alunos para que possa, em caso de necessidade, encaminhar o estudante para a orientação da escola, ou para a terapia. Nesse momento, o trabalho do educador se encerra, e os problemas do aluno devem ser compartilhados e tratados pelos pais, pedagogos e psicólogos.