Por Elisa Marconi e Francisco Bicudo
O geógrafo Paulo Moraes é especialista em vestibulares, não apenas por já ter prestado alguns deles ou por já ter lecionado em cursinhos, mas principalmente porque tem se dedicado, nos últimos anos, a estudar e compreender com mais detalhes o espírito e a filosofia destes temidos exames de seleção, que representam uma espécie de separação entre a adolescência e a juventude.
Professor do departamento de Ciências Ambientais da Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP), Moraes analisa, em entrevista exclusiva ao site do SINPRO-SP, diversos, complexos e polêmicos aspectos da mais clássica e tradicional forma de seleção de alunos que sonham em ingressar no ensino superior. Ele não hesita em discorrer sobre temas como a política de cotas, o uso do resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como complemento à nota do vestibular e de formas flexibilizadas de avaliação – adotadas principalmente pelas universidades e faculdades particulares.
Diante de problemas e vantagens desse método e de possíveis soluções para resolvê-los, o especialista afirma: o vestibular, como o conhecemos hoje, é a única maneira possível para as grandes universidades selecionarem seus alunos. “É o tradicional e não vejo outra maneira dessas grandes universidades conseguirem escolher seus futuros estudantes”. Os melhores momentos da entrevista você acompanha a seguir.