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Para o alto e para trás

Essa situação fértil para a Astronomia deve continuar. Pelo menos é o que Walmir, Silvia e todos os colecionadores de estrelas esperam e prevêem. E quando perguntados sobre o que vem por aí nas nossas descobertas, ou qual o futuro da astrofísica, ambos dão uma grande lição – que é o que parece mover os cientistas: “Novas pesquisas produzem efeitos que alavancam novas pesquisas. É como uma bola de neve. Uma vez colocada a girar, ela não pára”, coloca o professor Walmir. Silvia Rossi completa: “Os cientistas tentam entender tudo, e quanto mais enxergam, mais dúvidas têm... parece razoável, não?”. Mas, embora confiantes na curiosidade infindável da astronomia e cientes da possibilidade do encontro com o inesperado quando se olha para o alto, os professores apontam uma tendência nos estudos astrofísicos do Brasil. E atenção para o paradoxo: quanto mais tecnologia futurista e de ponta se produz para observar o universo cada vez mais longe, mais perto chegamos de segredos do nosso passado. As pesquisas brasileiras têm conseguido revelar detalhes do que aconteceu na infância do cosmos.

É o que vem estudando a professora Silvia Rossi. Ela e sua equipe pesquisam estrelas pobres em metais, consideradas as mais velhas do universo e, por isso mesmo, fontes preciosas de informações. Silvia explica que as estrelas são constituídas de 90% de Hidrogênio (H), 10% de Hélio (He) e quase nada de outros elementos químicos. No núcleo desses corpos e à medida que a estrela vai evoluindo, reações de fusão vão transformando o H em He, o He em Carbono, o Carbono em Oxigênio e assim por diante, até que, “durante uma explosão das estrelas mais massivas, como supernovas, a tabela periódica acaba por se completar”, explica. A análise de estrelas que mantêm até hoje essa condição de quase só Hidrogênio e nenhum outro metal ajuda a mostrar como era a galáxia num momento onde não havia qualquer elemento além de H e He. Ou seja, um portal cheio de segredos sobre tempos remotos.

Para terminar de provar quanto essa atividade é sedutora, e porque ela diz respeito a cada um de nós, a professora nos lembra que todos os elementos químicos que conhecemos vêm das estrelas (através daquele processo de fusão à formação de carbono, oxigênio, etc... à explosão). “Isso mesmo. A matéria de que somos feitos foi formada nas estrelas! Todos os elementos que não H e He foram produzidos nas estrelas, ou durante a explosão delas”, conclui, encantada.

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