Elisa Marconi e Francisco Bicudo
O avanço do Tea Party – movimento de ultradireita nos Estados Unidos – é acompanhado com preocupação por historiadores, cientistas políticos e analistas de política internacional. A pergunta que alimenta muitas das reflexões e análises feitas por eles é: como um projeto político reacionário e fundamentalista pode prosperar sem encontrar muitas barreiras? Como é possível, no país que é considerado uma das pátrias da democracia e que defende as chamadas liberdades individuais, um segmento representativo da sociedade incentivar a livre distribuição de armas, vociferar de forma intolerante contra a descriminalização do aborto e o casamento de homossexuais, levantar bandeira contra a presença de imigrantes e boicotar programas sociais bancados pelo Estado, além de defender a permanência de soldados norte-americanos no Afeganistão e no Iraque?
O SINPRO-SP, que já havia contribuído com esse debate, ao entrevistar Cristina Pecequilo, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), retomou o assunto, mais do que relevante, e conversou com o historiador Márcio Scalercio**, professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Em pauta, a tentativa de compreender com mais precisão a origem, a organização e a movimentação dos conservadores do Tea Party. Leia aqui a entrevista
**O historiador Márcio Scalercio, professor de Relações Internacionais da PUC-RJ, é autor do artigo “Tea Party, Obama e Outras”, publicado no periódico Insight Inteligência, edição de julho, agosto e setembro de 2010. Clique aqui para ler a íntegra do artigo