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Letramento, uma habilidade para toda a vida

Por Elisa Marconi e Francisco Bicudo

“Não é apenas alfabetizar e pronto. É fazer do letramento uma atividade cotidiana, funcional mesmo”. Assim a coordenadora de programas da ONG “Ação Educativa”, Vera Masagão Ribeiro, define a importância do chamado alfabetismo funcional. “Porque não basta saber assinar o nome e escrever mais uma ou duas frases. O ideal é que a escrita e a leitura sejam fatores de inclusão do indivíduo na sociedade”, completa Fábio Montenegro, secretário-executivo do “Instituto Paulo Montenegro”, braço de ação social do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). O empenho dos dois especialistas em analisar e valorizar a real capacidade de interpretação da realidade a partir da leitura acaba de ser reconhecida. O livro Letramento no Brasil, editado pelas duas entidades, em parceria com o próprio Ibope, conquistou, na categoria Educação, Psicologia e Psicanálise, o primeiro lugar do Prêmio Jabuti 2004, anualmente oferecido pela Câmara Brasileira do Livro. Lançada pela editora Global, a obra é composta por textos escritos por doze especialistas em educação e leitura.

O prêmio representa um dos momentos altos de uma trajetória que começou ainda em 2001, quando as três instituições se reuniram e decidiram desenvolver uma metodologia capaz de avaliar, com confiança, não se a pessoa é ou não analfabeta, mas, caso seja alfabetizada, qual o grau de letramento que conseguiu alcançar. Quer dizer, qual o impacto, a participação e a contribuição da leitura e da escrita no cotidiano dela, e o quanto ela entende daquilo que leu ou escreveu. Esse conceito vem ganhando espaço em todo o mundo desde o início dos anos 90, quando a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura) percebeu que a taxa de analfabetismo absoluto dos países pobres e em desenvolvimento, como o Brasil, vinha caindo. A preocupação da entidade era saber se, depois de letradas, as pessoas continuavam utilizando-se daquilo que tinham aprendido, se tinham feito da leitura um hábito, e também se eram capazes de se expressar pela escrita. “Alguns países começaram a desenvolver metodologias de pesquisa sobre o alfabetismo funcional. O Canadá foi um deles”, explica Fábio Montenegro.

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