Existe uma grande diferença entre a clonagem terapêutica e a clonagem reprodutiva. A técnica é a mesma, mas os objetivos divergem. A primeira,como já se viu, tem como finalidade produzir células-tronco idênticas às do embrião de origem, que poderão ser utilizadas nos tratamentos de diversas doenças. A segunda pretende criar um ser vivo idêntico ao doador do núcleo. Ou seja, criar novas vidas, clones, sem a necessidade da fecundação tradicional. Os cientistas são, em sua maioria, favoráveis à clonagem terapêutica, e contrários à clonagem reprodutiva.
No caso do Brasil, para que entre em vigor, depois de votada pelo Senado, a nova Lei ainda precisa ser discutida e aprovada pela Câmara dos Deputados. Para traduzir todos esses conceitos e colocar o professor em contato com um dos assuntos mais importantes da atualidade, já que envolve ciência, saúde e ética, o SINPRO-SP entrevistou com exclusividade a professora Mayana Zatz. Os principais trechos da conversa você confere a seguir.