Os professores da educação infantil enfrentam dificuldades. De uma maneira geral, a desqualificação profissional é grande, os salários são baixos, faltam oportunidades e estrutura para aprimoramento acadêmico.
Apesar da LDB especificar a formação mínima para o docente, o que se vê, na realidade, são muitas escolinha com profissionais sem qualquer qualificação. “Temos as chamadas escolinhas de bairro, centros de recreação, uma garagem com bichinhos pintados na porta, um playgroud e meninas entre 14 e 16 anos como recreacionistas”, revelou Emília.
Levantamento feito pela educadora mostra que só em São Paulo existem hoje 32 denominações diferentes para esse profissional que nem é professor, nem é qualificado para tal, mas que está formando crianças pequenas neste momento. “Essas pessoas precisam ter a formação adequada, precisam participar de fato de sua profissão, serem profissionais. Trabalhar com criança pequena não pode ser apenas um espaço de trabalho leigo, de gostar de criança pequena, até porque esse é um equívoco. Ser profissional da infância significa ter consciência da representação que é esse período de vida”, explicou.