Nanni garante que são poucas as atuais iniciativas oficiais de oferta de financiamento para o cinema nacional. Recentemente, diz ele, a prefeitura de São Paulo lançou edital para custear parcela da produção de seis filmes de longa-metragem. Serão cerca de R$ 300 mil para cada um. “É uma fatia muito pequena”, lamenta. “Fazer cinema de qualidade custa muito dinheiro”. De acordo com notícias publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo em 11 e 13 de agosto, a Agência Nacional de Cinema (ANCINE) também divulgou outros dois editais que abrem a possibilidade de captação de recursos. O primeiro reserva R$ 4,6 milhões a pelo menos dez iniciativas independentes, cujas filmagens ainda não tenham começado. O outro pretende auxiliar na finalização de obras de longa-metragem de ficção, documentário e animação. Deverão ser distribuídos até R$ 250 mil para, no mínimo, oito projetos. “A BRPetrobras, uma das grandes mecenas do nosso cinema nos últimos tempos, não está liberando mais nada”, lamenta Nanni. Preocupado, ele diz que estamos vivendo a “era das conversas e das promessas”, com muita negociação e pouca definição. Em tempos de crise, lembra, uma das primeiras áreas a ser atingida é a da Cultura.