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"Desaparecidos"

Embora a quantidade de documentos à disposição do público seja enorme, ela não descarta a hipótese de que muita coisa tenha sumido ou sido destruída, entre os anos de 1983 e 1991, quando os arquivos estiveram sob responsabilidade da Polícia Federal. Para ela, não se deve adotar uma postura ingênua: havia interesses e figuras públicas poderosas envolvidas em todo esse emaranhado de informações e, claro, alguns pedaços do quebra-cabeças acabaram desaparecendo – ou melhor, foram “desaparecidos”.

Mesmo com essas lacunas, a história é rica e já permitiu, em novembro do ano passado, que fosse lançado livro “No coração das trevas: o Deops/SP visto por dentro”. Até setembro, os pesquisadores pretendem publicar outros quatro volumes da série, detalhando qual o material disponível no banco de dados do Arquivo do Estado e aprofundando as análises sobre as atividades do Deops. Além disso, eles abordarão quatro temas específicos: o ex-governador Adhemar de Barros, o Serviço Nacional de Informações (SNI), o trabalho do II Exército e os relatórios dos agentes infiltrados em organizações clandestinas.

“Quanto mais gente estiver acessando os arquivos e fazendo pesquisas, mais rapidamente essas informações chegarão aos alunos de ensino fundamental e médio. Nesse sentido, o papel dos professores é fundamental. É preciso reconstruir e recontar essa história”, afirma Maria Aparecida.

Os documentos do antigo Deops estão à disposição de todos os interessados no Arquivo do Estado de São Paulo, que fica à rua Voluntários da Pátria, 596, no bairro de Santana, zona norte da capital. As consultas devem ser realizadas em horário comercial, mas é preciso agendar a visita e assinar um termo de responsabilidade. Ele garante o princípio democrático da liberdade de informação, ao mesmo tempo em que procura impedir que os dossiês sejam utilizados de maneira indiscreta ou indevida. O que se deseja é evitar que aqueles que foram vítimas dos órgãos de repressão e das perseguições do Deops tenham suas vidas expostas. “No mais, o acesso é livre”, conclui Maria Aparecida.

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