Em primeiro lugar, é momento de pensar sobre as próprias origens da data, para que a História não seja perdida. No dia 1º de maio de 1886, trabalhadores norte-americanos, cujas jornadas de trabalho chegavam a alcançar 16 horas diárias, participaram de intensas manifestações que tinham como palavra de ordem a frase “oito horas de trabalho, oito horas de repouso, oito horas de educação e lazer”. Os protestos foram duramente reprimidos pela polícia, com um saldo de diversos mortos e feridos, além da prisão das principais lideranças do movimento – algumas delas foram inclusive enforcadas; outros, condenados à prisão perpétua. Numa homenagem àquela luta, o Congresso Socialista Internacional, realizado em Paris em 1889, adotou o 1º de Maio como a data internacional de luta dos trabalhadores. Um ano depois, em 1890, o Congresso Norte-Americano aprovou a lei que estabelecia a jornada de trabalho de oito horas. Ao longo do século XX, a data serviu para fazer avançar as lutas dos trabalhadores; no Brasil, serviu ainda como resistência à ditadura militar e ajudou a abrir espaço para que o novo sindicalismo do ABC paulista pudesse se consolidar, no final dos anos 70 e início dos 80.