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Um problema planetário

Mas é só no final do século XX, precisamente no fim dos anos 80, que os cientistas começam a se dar conta das mudanças que já estavam acontecendo no clima, afetando o mundo todo. Porque, ainda que se jogue CO2 no ar de São Paulo, as massas de ar o levarão para Estocolmo, ou para Bali, o que faz do problema uma questão planetária, e que precisaria ser discutida e resolvida por todos os países. Por isso a ONU entrou em cena. O que o Protocolo propõe, portanto, é a estabilização global das emissões dos gases que provocam o efeito estufa, principalmente do dióxido de carbono. Idealmente, as taxas deveriam se igualar às encontradas antes da Revolução Industrial. “Hoje já se prevê que esse retorno é impossível, por conta do nosso próprio estilo de vida, do consumo, da economia mundial. Mas abaixar a concentração é fundamental e urgente”, coloca Quartin.

O que há de novo no pacto é que ele é ditado por princípios. O mais importante deles é o princípio da responsabilidade comum, mas diferenciada. Ou, nas palavras de Meira: “ele faz do mundo um condomínio, em que todos têm atribuições e tarefas maiores ou menores, de acordo com suas possibilidades, para guardar e melhorar o bem comum”. As atribuições maiores cabem aos países industrializados. Como passaram pela Revolução Industrial antes, e pelo próprio perfil de suas economias, emitem CO2 há mais tempo e, também por isso, têm mais recursos, porque são mais desenvolvidos. Esse grupo de nações precisará encontrar maneiras de reduzir a emissão de carbono usando energia limpa e combustíveis não-poluentes, ou reflorestando suas terras. A tarefa menor cabe aos países em desenvolvimento. Esses emitiram historicamente menos dióxido de carbono, por estarem a menos tempo na era industrial, e deverão gastar menos, porque têm menos recursos. Então, eles deverão apenas não repetir os erros, em termos de poluição atmosférica, que os industrializados cometeram.

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