O outro papel importante cumprido pelo Brasil nesse contrato foi o protagonismo nas negociações pela ratificação do Prototocolo de Kyoto. “O Brasil sempre foi muito elogiado durante as conversas pelas assinaturas e sempre foi muito competente em seguir cada passo”, relembra Meira. E, daqui para frente, o papel de peça-chave no avanço do protocolo tende a se aprofundar, seja diante dos países ricos, seja frente aos mais pobres. “Entre outras coisas, somos referência na área florestal e sempre fomos muito ouvidos na área ambiental”, orgulha-se Quartin. Os documentos que serão trabalhados na conferência dos países signatários de Kyoto, marcada para o início de dezembro de 2004, em Buenos Aires, na Argentina, por exemplo, foram redigidos pelo Brasil.
Internamente, embora ainda haja muito pouco a ser feito, até que o Protocolo entre em vigor, em fevereiro de 2005, parece que tanto o governo, quanto os empresários, estão dispostos a fazer mudanças em nome de uma menor emissão, ainda que seja pela compensação da venda dos créditos de carbono. “Mas já dá para começar a respirar um pouco melhor”, comemoram, em coro, Quartin e Meira.