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Golpe midiático

A greve geral que toma conta do país desde 2 de dezembro, impondo sérias perdas econômicas ao país – a produção de petróleo, que alcançava cerca de três milhões de barris por dia antes do levante, chegou a cair para pouco mais de 100 mil barris/dia, chegando a meados de janeiro com 800 mil barris diários –, representa mais uma etapa da revanche que os setores derrotados em abril pretendem estabelecer contra Chávez. Mais uma vez encabeçado pela CTV e pela Fedecámaras, e de novo encampado pela mídia, o movimento pretende desta vez exigir a renúncia de Chávez e a convocação de novas eleições presidenciais. Como alternativa, propõe a antecipação imediata do referendo revogatório constitucional previsto para agosto (quando se completam três anos, ou 50%, do mandato de Chávez). Pela consulta, o povo poderá determinar se deseja ou não que o atual presidente continue à frente do país e termine seu mandato. Para pressionar o governo, a oposição conseguiu reunir dois milhões de assinaturas e marcou um referendo consultivo para o próximo dia 2 de fevereiro. Chávez já cansou de afirmar que esse procedimento tem apenas caráter simbólico e indicativo, é inconstitucional e que ele não se vê na obrigação de seguir seu resultado. “Não se saca um presidente de seu cargo como se saca um jogador de beisebol. É uma coisa muito séria. Há procedimentos estabelecidos. Em política, é conveniente sempre ter paciência e calma e avaliar muito bem os caminhos que se toma”, disse Chávez ao jornal venezuelano “El Universal”. Em entrevista ao jornal “Clarín”, da Argentina, ele identifica o foco irradiador das ações articuladas pelas oposições: “A campanha midiática demonstra que os meios de comunicação se transformaram em centros de conspiração. Por isso, no caso venezuelano, não se trata de um golpe militar clássico, mas sim de um golpe midiático”.

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