Pressionados por parcelas significativas da sociedade – e também movidos pela lógica de uma situação crítica, quase insuportável –, prefeitura e governo do Estado têm procurado apresentar algumas respostas para as demandas colocadas. No último dia 11 de fevereiro, a prefeita Marta Suplicy inaugurou, na região do Tatuapé, zona leste da cidade, a primeira central do Programa de Coleta Seletiva Solidária. No local – um grande galpão localizado na avenida Salim Farah Maluf – deverão funcionar uma esteira, prensas, guilhotinas e trituradores, que transformarão papel, vidro, metal e plástico em novos produtos aproveitáveis.
Detalhe: o trabalho será todo administrado pela Cooperativa de Profissionais que Desenvolvem Trabalhos com Materiais Recicláveis do Tietê, que já reúne vinte catadores de lixo da região – e que pretende chegar a articular 150 trabalhadores. “A proposta dá conta de benefícios ambientais, sociais e econômicos”, destaca Fialho. A previsão é que os trabalhadores consigam triplicar suas rendas. Na outra ponta, a prefeitura pretende instalar, até o final de 2004, outras trinta centrais de coleta – as duas próximas, ainda sem data para estrear, funcionarão na Sé e na Lapa. Essa dimensão, acreditam os especialistas, permitirá reciclar cerca de 10% do total de lixo produzido na cidade.
Na São Paulo que nem sempre sabe muito bem o que fazer com o lixo que produz, já estão funcionando também 41 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), instalados pela prefeitura em locais públicos como bibliotecas, parques e escolas. Nessa primeira etapa, estão concentrados nas regiões da Moóca, Vila Prudente, Aricanduva e Vila Formosa. A relação completa dos postos e de seus endereços pode ser consultada no site da prefeitura. As informações podem ser ainda obtidas pelo serviço telefônico 156- “Alô Limpeza”.