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Por ações mais articuladas

Desde novembro do ano passado, as Secretarias Estaduais de Educação e de Meio Ambiente desenvolvem o programa Coleta Seletiva e Educação Ambiental. Inicialmente funcionando em 390 escolas de municípios como Americana, Santa Bárbara D’Oeste, Tietê, Sumaré e São José dos Campos, dentre outros, a parceria promove cursos de capacitação para professores e dirigentes de ensino, que transmitem aos alunos conhecimentos sobre coleta seletiva, reciclagem e aproveitamento do lixo. Dados de 2000 do Inventário de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo, organizado pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) mostram que os paulistas produziam cerca de 20 mil toneladas diárias de lixo – e os aterros classificados como adequados estavam presentes em apenas 30,6% dos 645 municípios do estado. A situação, no entanto, era bem melhor do que em 1997, quando foi produzida a primeira versão do levantamento, que mostrava que o tratamento correto estava presente em apenas 4,2%das cidades.

Mesmo reconhecendo os esforços e reforçando os elogios às iniciativas – sempre bem-vindas –, Thiago Moreira Campos cobra das autoridades públicas ações mais articuladas e projetos melhor direcionados. “Sem atuação conjunta, energias são desperdiçadas”, lembra. Quem também coloca o pé no freio é Ângelo Consoni, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo. Ele lembra que, do total de lixo coletado na cidade, cerca de 30% é passível de reciclagem. Apesar de defender enfaticamente a coleta seletiva, diz que ela não pode ser vista como a panacéia final e a salvação da lavoura, pois aquela que acontece de maneira voluntária, com a entrega nos postos indicados, consegue atingir os 20% do potencial total – os 10% restantes precisam ser recolhidos de porta em porta. “Numa cidade com as dimensões de São Paulo, é uma tarefa cara”, afirma.

Nesse ponto, Consoni concorda com Campos – e ambos estão em sintonia com Fialho: é preciso conscientizar a população sobre a necessidade urgente de redução do consumo. “Enquanto o consumo desenfreado e sem limites e o desperdício fizerem parte do nosso cotidiano e forem encarados como naturais, não há solução sustentável, e o lixo continuará a se acumular sabe-se lá aonde”, lamenta o pesquisador do IPT. O representante da Secretaria de Serviços e Obras chama ainda a atenção das empresas e divide com elas a responsabilidade pela situação de crise. “Por que o leite passou a ser vendido em caixinhas e não mais em sacos ou garrafinhas? Por que os vasilhames de refrigerantes foram substituídos pelos pets? É preciso pensar sobre isso”.

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