Não menos importante, mas muitas vezes deixado de lado quando se fala de direitos humanos, o relatório analisa a situação do Brasil no quesito “liberdade de imprensa e de informação”. E, também aqui, as notícias não são tão boas: ao lembrar o episódio da morte do jornalista Tim Lopes, assassinado pelos narcotraficantes do Rio de Janeiro no ano passado, o documento toma como base levantamentos feitos pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e revela que, em todo continente, foram assassinados, entre 1993 e 2002, 119 jornalistas. Quatorze deles eram brasileiros.
Assembléia da entidade realizada em outubro de 2002 colocou o Brasil entre os quatro países mais perigosos para o exercício do jornalismo – os outros três são Colômbia, México e Guatemala. Ranking de liberdade de imprensa elaborado pela ONG “Repórteres sem Fronteiras”, envolvendo 139 países do mundo, coloca o Brasil em 54º lugar, classificando-o como uma nação com imprensa “parcialmente livre”.